
Uma amostragem segura é fundamental para garantir a integridade dos dados analíticos, a qualidade do produto final e o cumprimento das exigências regulatórias. Quando falamos de ambientes altamente controlados, como indústrias farmacêuticas, cosméticas, alimentícias e laboratórios de pesquisa, qualquer falha na coleta de amostras pode comprometer não apenas os resultados, mas também toda a cadeia produtiva. É nesse contexto que o uso do Amostrador Estéril se torna indispensável. Ele assegura que a coleta ocorra sem contaminações cruzadas, respeitando os padrões de esterilidade exigidos pelas boas práticas de fabricação (BPF) e pelos principais órgãos reguladores, como ANVISA, FDA e EMA. Além disso, promove maior rastreabilidade, reduz o risco de erros humanos e melhora a reprodutibilidade dos ensaios laboratoriais. A seguir, apresentamos um passo a passo detalhado, abordando desde o planejamento da amostragem até o descarte adequado e a análise dos resultados, com foco em práticas seguras, documentação correta e máxima eficiência em ambientes críticos.
1. Planejamento da amostragem
O sucesso de uma rotina de amostragem segura começa muito antes do contato com a amostra. O planejamento cuidadoso evita desperdícios, reduz riscos de contaminação e garante que os dados obtidos sejam realmente representativos e confiáveis. O uso do amostrador estéril deve estar integrado desde essa fase inicial.
a) Definição do objetivo
O primeiro passo é ter clareza quanto ao objetivo da amostragem. Diferentes finalidades exigem abordagens distintas, seja no tipo de amostrador utilizado, na metodologia de coleta ou nos critérios de aceitação dos resultados.
Entre os objetivos mais comuns, estão:
- Monitoramento microbiológico: para verificar a presença de microrganismos em superfícies, matérias-primas, ar ou produto acabado. Essencial em ambientes assépticos ou de alta criticidade.
- Verificação de limpeza (validação de limpeza): para comprovar que resíduos de produtos, agentes de limpeza ou contaminantes microbiológicos foram adequadamente removidos de equipamentos ou utensílios após o uso.
- Controle de qualidade do produto final: especialmente relevante em lotes de produção, para garantir que o produto atende aos padrões físicos, químicos ou microbiológicos estabelecidos.
A partir dessa definição, identifica-se onde e como coletar. Os pontos críticos de coleta devem ser mapeados com base em histórico de contaminação, complexidade do processo, acesso e exigência regulatória. Alguns exemplos incluem:
- Tanques de mistura ou armazenamento;
- Tubulações e válvulas;
- Superfícies em contato direto com o produto;
- Pontos de extração de líquidos ou sólidos;
- Ambientes classificados, como cabines de fluxo laminar ou salas limpas.
A documentação desse planejamento deve ser registrada em um POP (procedimento operacional padrão) ou protocolo específico, aprovado pelo setor de qualidade.
b) Seleção do amostrador estéril
A escolha do amostrador estéril adequado é um dos fatores mais críticos para garantir uma coleta eficiente e isenta de contaminações externas. Diferentes formatos e materiais de amostradores são indicados para tipos específicos de amostra e métodos analíticos. A seleção deve considerar:
- Tipo de material a ser coletado: líquidos, pós, grânulos, superfícies ou materiais biológicos.
- Volume ou quantidade da amostra necessária: dependendo do ensaio posterior (físico, químico ou microbiológico).
- Formato e acessibilidade da área de coleta: locais de difícil acesso podem exigir sondas, hastes longas ou ferramentas com ângulos específicos.
Os amostradores estéreis mais utilizados incluem:
- Swabs ou zaragatoas estéreis: ideais para superfícies e monitoramento microbiológico;
- Colheres ou espátulas descartáveis: usadas em amostragem de sólidos, como pós ou granulados;
- Tubos ou frascos estéreis: para coleta de líquidos em volumes controlados;
- Sondas estéreis com seringa acoplada: úteis para coleta direta em linhas de produção ou tanques fechados.
Além da adequação técnica, é indispensável verificar a integridade e validade do amostrador estéril. Ele deve apresentar:
- Embalagem intacta e selada;
- Certificação de esterilidade, muitas vezes indicada por um símbolo (por exemplo, “STERILE EO” para esterilização por óxido de etileno);
- Rótulo com número do lote e data de validade visível, assegurando rastreabilidade.
2. Padronização do local e EPI
a) Preparação da área
- Limpeza prévia dos locais de acesso com substâncias compatíveis.
- Garantia de ambiente controlado se necessário (sala limpa, área classificada).
b) Proteção do operador
- Paramentação exigida (touca, máscara, luvas descartáveis, avental ou macacão).
- Higienização das mãos antes de vestir luvas estéreis.
- Uso de luvas novas a cada ponto de coleta.
3. Verificação de integridade do amostrador
A embalagem do amostrador deve ser verificada quanto a:
- Lacre intacto, ausência de rasgos ou sinais de violação.
- Identificação de lote e validade.
- Ausência de contaminação externa.
Se algo estiver comprometido, descarte e utilize nova unidade.
4. Técnica de coleta
a) Abertura e manuseio
- Abra a embalagem apenas na área de coleta.
- Evite tocar na parte ativa, manuseando apenas pela alça ou corpo externo.
b) Coleta propriamente dita
- Em swabs: friccione a superfície seguindo movimentos padronizados.
- Em líquidos: utilize sonda ou tubo descartável no volume determinado, seguindo o procedimento "no touch".
- Em sólidos (pós ou granulado): use colher estéril para colher porções de fundo, meio e superfície.
c) Transferência para recipiente
- Deposite a amostra em recipiente estéril e identifique imediatamente com data, hora, número do lote do amostrador e do produto.
5. Registro de dados
Cada amostragem deve ser documentada, contendo:
- Identificação do ponto de coleta e objetivo do teste.
- Lote do amostrador estéril.
- Data, hora, operador e condições ambientais (temperatura, class. da área).
- Observações extras (tempo entre coleta e análise, aparência da amostra, etc.).
Esses registros são vitais para rastreabilidade, auditoria e investigação de desvios.
6. Transporte e armazenamento
- Mantenha amostra em recipiente lacrado e limpo.
- Caso haja tempo entre coleta e análise, acondicione adequadamente (refrigeração, proteção de luz).
- Envie para análise num prazo compatível com o método (ex.: até 24â¯h se não for microbiológico).
7. Descarte seguro
- Descarte o amostrador estéril imediatamente, mesmo que parcial.
- Use recipientes adequados: infectantes para amostras biológicas, químicos para líquidos ou resíduos sólidos.
- Respeite o fluxo de resíduos da sua planta e as normas ambientais locais.
8. Interpretação e ações corretivas
- Confirme que a amostra foi coletada em conformidade com o POP.
- Compare resultados com limites predefinidos;
- Se dentro, registre liberação ou conformidade;
- Se fora, inicie investigação: reamostragem, manutenção ou intervenções conforme critérios.
9. Treinamento e atualização da equipe
- Treine operadores regularmente (“hands-on”) em coleta com amostrador estéril.
- Realize requalificações e avaliações periódicas.
- Atualize POPs sempre que há mudança de método, equipamento ou norma.
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